Luciane Carniel Wagner
Elton Corrêa Borba
Marilene Santos Silva
Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre-RS, Brasil
RESUMO. O estudo investigou sujeitos com esquizofrenia, familiares e colegas de atividade/trabalho na busca do entendimento dos fatores que dificultam ou contribuem para a inclusão ocupacional de pessoas com este transtorno mental. Utilizou-se a metodologia qualitativa, por meio de entrevistas narrativas, na busca de conhecer a percepção destes sujeitos sobre a temática de interesse. Foram feitas entrevistas individuais com 20 sujeitos. Estas foram gravadas e, posteriormente, transcritas para análise de conteúdo. Três temáticas emergiram dos discursos. Na categoria aderência ao tratamento, os participantes falam da importância do diagnóstico e do tratamento clínico/medicamentoso para a manutenção de um funcionamento saudável. Na categoria estigma e exclusão, os sujeitos apontam para as dificuldades de participar da vida social após o diagnóstico; o preconceito e as dificuldades funcionais são relacionados a este achado; assim como sentimentos de inutilidade e baixa autoestima. Na categoria ocupação e sentido da vida, os participantes apontam para o resgate do desejo de desfrutar a vida e se realizar como pessoa a partir da possibilidade de exercer atividades significativas; os sujeitos refletem sobre o impacto da atividade ocupacional nos relacionamentos familiares e comunitários, além de enfatizarem a melhora no padrão de funcionamento e desempenho após a experiência de inclusão. Conclui-se que devem ser feitos esforços no sentido de ampliar as oportunidades de inclusão ocupacional para pessoas com esquizofrenia e outros transtornos mentais graves e de longa evolução. Palavras-chave: inclusão ocupacional; esquizofrenia; estigma.
Confira o artigo completo: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/PsicolEstud/article/view/25522/pdf_13
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