terça-feira, 30 de setembro de 2014

Nós da AGAFAPE,  interessados em resolver os grandes problemas da Saúde Mental, entramos em contato com os mais cotados candidatos da Presidência e governo do RS. Enviamos pedido de propostas para a Saúde Mental e até o momento só recebemos resposta da candidata Marina Silva que nos enviou os projetos que constam no seu programa de governo.




segunda-feira, 22 de setembro de 2014

"Roda de Conversa" de setembro de 2014!



Data: Dia 24/09/2014 

Onde: Na sede da AGAFAPE

 Rua dos Andradas, 1560 - 6º andar - Galeria Malcon 

Bairro Centro - Porto Alegre/RS.

Horário: 15 horas



ATENÇÃO: 
Não precisa pagar, nem reservar lugar. 
        Aberto ao público interessado no tema "ESQUIZOFRENIA".






quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Reportagem Correio do Povo - 05/09/2014

Esquizofrênico não é bandido pra ir no camburão!

Lemos no dia 05 de setembro de 2014 (Reportagem Correio do Povo - 05/09/2014 – Samu de Porto Alegre recebe cinco novas ambulâncias) a notícia de que o SAMU (Serviço de atendimento móvel de urgência) de Porto Alegre recebeu cinco novas ambulâncias para atender a população do município. A princípio, uma ótima notícia. Dessas cinco ambulâncias, uma será equipada com materiais e equipe especialmente capacitada para atender casos suspeitos ou confirmados de Ebola.

Também não podemos achar ruim a prevenção. No entanto, não há casos de Ebola no Brasil. Não há sequer casos suspeitos de contaminação de Ebola em nosso território. Enquanto isso, nossos familiares que têm esquizofrenia, que são hoje 1% da população, não tem equipe especializada para atendê-los em caso de surto. 
A grande maioria da população não sabe que, quando um familiar que tem esquizofrenia precisa de atendimento de urgência, é retirado de sua casa não por médicos, enfermeiros em uma ambulância, mas pela brigada militar, por profissionais treinados para prender criminosos que algemam e levam essas pessoas doentes em um camburão para o hospital. Isso tudo porque o SAMU alega não ter pessoal treinado para atender a doentes mentais em crise.

Com isso, nos perguntamos, se há verba, tempo e profissional para ser treinado para atender pacientes imaginários de Ebola, porque não treinar uma equipe para atender esses pacientes reais, que são 1% da população mundial, de forma digna e respeitosa?
Além do sofrimento da família que está vendo seu familiar em crise, essas famílias passam pelo constrangimento, humilhação e sofrimento de verem seus filhos, irmãos, netos serem tratados como delinquentes quando na verdade eles estão doentes, precisando de atendimento médico e não de truculência policial.
Quando o Estado investe em uma doença que não tem casos no Brasil e deixa de investir em atendimento especializado para o esquizofrênico, ele não só está dizendo que para o Estado não importa o que acontece com os doentes mentais, mas reproduz a errada ideia de que todo esquizofrênico é violento, aumentando o estigma e o preconceito social.

Nós não queremos que não haja treinamento de pessoal para o atendimento de uma doença epidêmica. Mas no momento em que 1% da população é deixada de lado temos que erguer a nossa voz e dizer que nós precisamos de um atendimento digno para o doente mental. O doente mental não é criminoso para ser levado ao hospital algemado em um camburão. Nós não queremos muita coisa, só queremos ser tratados sem humilhação. Só queremos que o doente seja tratado como tal: um ser humano em sofrimento.



Jamais desistiremos!